sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Xerostomia

Xerostomia, ou boca seca, é um sintoma associado, ou não, à baixa ou nenhuma produção de saliva pelas glândulas salivares. Em medicina, o termo xerostomia é usado para designar a sensação de boca seca provocada por fatores diversos, como desidratação, ronco, hábito de respirar pela boca, cigarro, álcool, má higiene bucal, longas falas. Quando ocorre queda expressiva ou interrupção na produção de saliva, os termos adequados são hipossalivação ou hipossialia. Nesses casos, a boca seca pode ser sinal de doenças nas glândulas salivares, de diabetes mellitus e da síndrome de Sjögren. Pode também ser efeito colateral de certos medicamentos (os mais comuns são os antidepressivos, antialérgicos, diuréticos e anti-hipertensivos), da radioterapia na região da cabeça e do pescoço, do envelhecimento e de estresse. Idosos correm risco mais alto de desenvolver boca seca.
Em condições normais, uma pessoa produz um litro, um litro e meio de saliva por dia. Secretada pelas glândulas salivares diretamente na boca, além de água, a saliva contém enzimas, minerais, aminoácidos e substâncias que protegem contra a invasão de vírus e controlam a proliferação de bactérias.  Entre outras funções, ela desempenha papel importante na limpeza da cavidade oral, na prevenção da cárie, do mau hálito e das infecções do sistema respiratório. Da mesma forma, é fundamental para a digestão dos alimentos e para o desenvolvimento do paladar e da fala.

Sinais e sintomas
São sinais tanto da xerostomia quanto da hipossialia, ou hipossalivação: dificuldade para engolir, lábios secos e rachados, sensação de ardência ou dor na língua, que fica vermelha e com fissuras, maior número de cáries dentárias, presença de saburra (placa bacteriana que se forma na parte posterior da língua), mau hálito, irritação na garganta, dificuldade para falar e deglutir.

Diagnóstico
Boca seca é sinal de que algo no organismo está em desequilíbrio e precisa ser corrigido. O diagnóstico considera os sinais clínicos da xerostomia e, quando necessário, o resultado da sialometria, um exame simples, rápido, indolor e de baixo custo que permite analisar a quantidade e a qualidade da saliva produzida num período determinado de tempo.

Tratamento
O tratamento de xerostomia está diretamente correlacionado com a causa do distúrbio, mas alguns princípios básicos são recomendados, qualquer que seja o caso. Nesse sentido, é importante ingerir por volta de dois litros de água por dia, caprichar na higiene oral, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e alimentos condimentados, não fumar.
Quando necessário, é possível recorrer ao uso de uma saliva artificial em spray ou gotas que pode ser aplicada duas ou mais vezes por dia para evitar complicações provocadas pela xerostomia.

Recomendação importante
Boca seca num dia muito quente ou depois de exercícios físicos extenuantes, que pode ser corrigida com a ingestão de líquidos e dieta adequada, não é motivo para preocupação. Se o sintoma for crônico, porém, procure um médico ou um dentista para identificar a causa do distúrbio e encaminhar o tratamento.

Fonte:drauziovarella.com.br

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Entenda a extração do dente do siso quando está incluso

Esse vídeo mostra as etapas de uma extração do dente do siso quando o mesmo está incluso (dentro do osso )



Pericoronarite

A pericoronarite  consiste em uma inflamação que afeta o tecido mole que recobre a coroa de um dente, sendo tipicamente observada nos dentes do siso ou terceiros molares, em especial os inferiores.
Esta condição costuma afetar jovens entre os 15 aos 24 anos de idade, pois é nessa fase que ocorre a erupção do terceiro molar.



A afecção em questão pode ser resultante de copiosos traumas ocasionados pelos dentes que estão em contato direto com a mucosa afetada, deixando-a edemaciada e, ao passo que o edema aumenta, a mesma fica mais susceptível aos traumas. A outra causa é o acúmulo de alimentos em uma bolsa presente entre o opérculo e o dente parcialmente incluso. Uma vez que é difícil higienizar adequadamente esse ambiente, há uma proliferação de bactérias, resultando na infecção do local.

Dentre as manifestações clínicas estão:
  • Dor;
  • Inchaço da gengiva no local acometido;
  • Presença de um mau gosto na boca, que pode ser causada pelo vazamento de pus da gengiva à cavidade oral;
  • Linfadenomegalia cervical.
Nos casos mais graves, essa dor pode refletir para o ouvido e cabeça, também pode causar um aumento de volume da face, dificuldade para deglutir, mal-estar, febre e trismo (dificuldade de abrir a boca).

O diagnóstico é feito por meio de uma avaliação clínica realizada por um dentista, no qual é observado se há algum siso parcialmente erupcionado. O dentista também pode solicitar radigrafias periodicamente para determinar o alinhamento dos dentes do siso.

Quando a pericoronarite é localizada, ou seja, quando não há a migração do inchaço e da dor, recomenda-se a realização de bochechos com água morna e sal, com anti-sépticos ou com água oxigenada 10 volumes. No caso de acometimento do dente, mandíbula e bochecha, pode ser necessária a realização de antibioticoterapia. Além disso, podem ser indicados analgésicos para aliviar a dor.

Nos casos graves ou recorrentes, recomenda-se a remoção cirúrgica do siso. Contudo, esta é possível somente quando a infecção ou a fase aguda desta afecção não esteja presente, pois a extração de um dente infeccionado pode resultar na disseminação da infecção.

Fontes:
http://www.bucalface.com.br/PERICORONARITE---SISO.php
http://www.portaleducacao.com.br/odontologia/artigos/10514/aspectos-clinicos-da-pericoronarite
http://www.odontodicas.com/artigos/periocoronarite.htm
http://en.wikipedia.org/wiki/Pericoronitis