sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Curiosidade: Como são feitas as pastas de dente

Flúor

O que seria de um bom creme dental sem a adição de flúor para prevenir as cáries? Este ingrediente essencial se incorpora ao esmalte dos dentes, tornando-os mais resistentes à ação de ácidos presentes nos alimentos ou da placa bacteriana.
  • Fluoreto de sódio: além do seu uso na prevenção de cáries, ele também é empregado na fabricação de inseticidas, preservantes de madeira e fluoretação da água potável. Quando ingerido em grandes quantidades, pode ser fatal.

Espessantes

Estes são os compostos que deixam a pasta de dentes com a textura de gel que conhecemos, fazendo com que o creme tenha um aspecto espesso e viscoso. São eles:
  • Carbômero 956: uma das matérias-primas mais utilizadas pela indústria de cosméticos, também é empregado na fabricação de gel para os cabelos, protetores solares, cremes e antissépticos;
  • Carregenina: faz parte da família dos polissacarídeos e é obtida a partir do extrato de algas vermelhas;
  • Carboximetilcelulose de sódio: é um polímero derivado da celulose muito solúvel em água e fisiologicamente inerte, que também é utilizado como cola de origamis.

Detergentes

Imagine escovar os dentes com uma mistura que não faz espuma! Seria muito sem graça, não é mesmo? Para que os cremes dentais tenham essa característica, é necessário adicionar uma série de produtos à sua formulação:
  • Lauril sulfato de sódio: provavelmente o mais comum dos detergentes, também pode ser usado na fabricação de shampoos, géis de banho, cremes de barbear e em algumas aspirinas solúveis. Entretanto, pode causar aftas em pessoas mais susceptíveis.

Abrasivos

São minúsculos cristais adicionados à composição do creme dental que funcionam como uma espécie de lixa sobre os nossos dentes, removendo pequenas manchas e impurezas, além de “polir” a superfície. Os mais comuns são:
  • Sílica hidratada: derivada do dióxido de silicone, também pode ser encontrada na forma de areia ou quartzo; tem a aparência de um gel transparente;
  • Mica: é um filossilicato também usado na fabricação de capacitores de radiofrequência e isolantes elétricos.

Colorantes

Imagine o que seria dos cremes dentais sem os colorantes? Com tantos produtos químicos utilizados na fabricação das pastas, sua coloração seria provavelmente bem bizarra e desagradável.
  • D&C Amarelo 10 e D&C Vermelho 30: são colorantes sintéticos provenientes do petróleo ou anilina, apresentando um cheiro parecido com o da naftalina.
  • Azul brilhante FCP: colorante sintético derivado do petróleo e muito usado na indústria alimentícia;
  • Dióxido de titânio: é ele que deixa a pasta de dentes branquinha.

Umectantes

São eles que dão ao creme dental sua textura e evitam que se resseque. Confira alguns deles:
  • Propilenoglicol: derivado animal de aparência oleosa, este composto é incolor, além de não apresentar odor ou sabor. Também é usado como fixador de perfumes, anticongelante e lubrificante íntimo, podendo causar alergias e urticária.
  • Polietilenoglicol 8 e 12: polímero formado a partir do etileno glicol que, além de prevenir que a pasta perca água, também age como um estabilizante; tem o seu uso controlado por poder apresentar muitas impurezas.

Preservantes

As pastas de dentes, por ficarem expostas por um considerável período de tempo e não precisarem ser guardadas na geladeira, necessitam de preservantes para evitar a proliferação de micro-organismos.
  • Benzoato de sódio: é um pó branco de sabor adocicado e levemente adstringente que, além de conservante, pode ser usado como bactericida e fungicida. Se misturado à vitamina C, pode formar o benzeno, que é um composto cancerígeno.

Emulsificantes

São compostos químicos que permitem que todos os ingredientes utilizados na fabricação da pasta de dentes se misturem de forma uniforme, evitando que se separem. Alguns dos mais usados são:
  • Glicerol: composto de origem animal de sabor adocicado, ele não deixa que a pasta de dentes seque e ajuda a preservar o produto;
  • Cocamidopropil betaína: ingrediente derivado do óleo de coco, ele ajuda a manter a consistência e sabor da pasta.    
  • Fonte: Megacurioso 

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Por que extrair dentes sãos em ortodontia?

A necessidade de extrair apresenta-se, principalmente, nos casos em que os ossos maxilares são pequenos para acomodar todos os dentes. Nestes casos, é necessário diminuir o número de dentes, para poder alinhá-los dentro do maxilar. Duas coisas não ocupam o mesmo lugar no espaço, já nos dizia Newton...
Numerosos são os casos de dentes amontoados por falta de espaço. Alguns devido ao descuido com a dentição de leite, ou à extrações prematuras destes dentes, estes espaços perdidos podem ser recuperado e extrações não são necessárias. Outros, por disrelação hereditária, entre tamanho dos dentes e o osso suporte, algumas vezes necessitam de extrações. Este último caso é realmente curioso e interessante, além de atual e generalizado. 

O homem moderno está sofrendo uma transformação no seu aparelho mastigador. Em poucos séculos transformou completamente a maneira de alimentar-se. Enquanto que antes o homem usava os dentes para cortar e triturar os alimentos, hoje a atividade mastigatória diminuiu significativamente. Os alimentos são cozidos, cortados e até liquidificados, antes de irem à boca. Consequentemente, pela hipofunção, os ossos que sustentam os dentes estão diminuindo de tamanho, enquanto os dentes não modificam suas dimensões. Daí a desproporção. 

A natureza, como sempre, vai encontrando suas próprias soluções, no caso, ela se ocupa, agora, em diminuir o número dos dentes. O terceiro molar está ausente ou atrofiado em muitas pessoas. Em outras, há ausência congênita de incisivos laterais superiores ou prémolares inferiores. Mas, nos casos em que isto não se dá, principalmente, quando não há ausência congênita dos sisos, poderá ser necessário que o ortodontista recomende extrações para compensar a falta de espaço. Estas extrações podem ser os sisos ou outros dentes, geralmente, os pré-molares. 

Além da influência alimentar nesse fenômeno da evolução humana, outra causa interessante e comum provoca a disrelação entre osso e dentes. É a herança cruzada. O filho herda os dentes grandes do pai e os maxilares pequenos da mãe.
Quando há indicação de extrair, geralmente, os dentes indicados são os primeiros ou os segundos pré-molares. Isto permite a regularização dos dentes anteriores e liberação dos espaços para a erupção dos terceiros molar (sisos). 

Não se pode negar ser lamentável a extração de dentes em perfeito estado. Mesmo para o especialista, é uma decisão difícil e muito mais para o paciente. No entanto, nunca será esse fato mais grave e rico de conseqüências perigosas do que o amontoamento dos dentes. 

Assim como existem casos em que é evidente a necessidade de extrair ou de não extrair, há os casos limítrofes, em que se balança em extrair ou não extrair. Nestes casos, é necessário que vantagens e desvantagens sejam avaliadas com extremo cuidado por profissional especialista e experiente.
Vê-se que a ortodontia alarga-se em aperfeiçoamentos e ocupa posição importantíssima na solução de problemas dos indivíduos, tanto nos planos mais objetivos e imediatos de saúde e bem-estar, como nos mais elevados de ajustamento dentro da vida e possibilidade de realização. 

Fonte: ABC da saúde