sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Retração gengival



O que é retração gengival?
É o deslocamento da gengiva, provocando a exposição da raiz do dente. Isso pode ocorrer em um só dente ou em vários.
A causa não é fácil de determinar. Existem várias hipóteses: traumatismo por escovação (fricção exagerada com escova de cerdas duras); inflamação da gengiva pela presença da placa bacteriana; trauma oclusal (forças excessivas sobre o dente causadas por má posição dentária ou por restaurações "altas"); restaurações desadaptadas na região gengival; posição alta dos freios labiais e lingual; movimentos ortodônticos realizados de maneira incorreta; dentes apinhados (encavalados); pouca espessura do osso que recobre a raiz.


Por que nessa situação os dentes ficam mais sensíveis?
Devido à exposição da raiz, a camada que a reveste (cemento) desaparece, expondo a dentina, que é sensível. Bochechos com soluções fluoretadas podem amenizar o problema.


Tem relação com a idade?
Uma certa retração gengival generalizada é percebida com o passar dos anos e considerada normal. Algumas pessoas são mais susceptíveis que outras. A retração pode avançar em alguns períodos e, em outros, permanecer estacionária.


Existe tratamento? 0 que ocasiona essa retração?
Normalmente, o que se faz é evitar a evolução desse processo por intermédio de escovação adequada, limpeza profissional, ajuste oclusal, remoção de hábitos nocivos, remoção de excessos de materiais restauradores, se houver, e, se for o caso, corrigir a má posição do dente com aparelho ortodôntico.


É possível recobrir a raiz Novamente?
Sim, por intermédio de técnicas cirúrgicas utilizadas principalmente em retração de um ou no máximo dois dentes. São cirurgias de resultados não previsíveis, em que, em determinadas situações, vale a pena tentar. São feitas principalmente visando à estética.


Se não se fizer a cirurgia, pode-se perder o dente?
A retração, por si só, não provoca a perda do dente, desde que as causas sejam eliminadas e que não haja inflamação.


Fonte: Revista da APCD

Escovas interdentais


 A nossa arcada dentária permanente possui 32 dentes. Para mantê-los saudáveis durante muitos anos, é imprescindível uma boa higienização da região localizada entre eles, evitando o acúmulo de resíduos alimentares e placa bacteriana.

O uso de fio dental, segundo a comunidade odontológica, é parte fundamental para finalizar o processo de limpeza oral iniciado pela escova de dente, eliminando eventuais detritos e bactérias que permanecem nos espaços aonde a escova não chega. É possível, entretanto, complementar ou substituir o velho fio dental, composto de fibras de nylon, que muitas vezes podem desfiar ou romper durante o manuseio, por escovas interdentais, consideradas mais eficientes na remoção de sujeiras na região chamada de proximal, ou seja, localizada entre os dentes.

Na arcada dentária humana existem locais anatômicos, com cavidades, depressões e irregularidades que até mesmo o fio ou fita dental não conseguem atingir e que só podem ser acessados pelas escovas interdentais, comenta o professor, mestre e doutor em Odontologia da UNIBAN, Hugo Lewgoy. “A higienização entre os dentes é tão importante que é considerada a principal diferença entre os indivíduos de países que conseguiram erradicar a cárie e dos países que permanecem com esta doença como uma verdadeira epidemia. Por isso, enquanto a higiene da região proximal não for uma rotina, as pessoas vão continuar com cáries e doenças gengivais”, observa Lewgoy.

O especialista afirma também que as escovas interdentais comuns ou genéricas têm o centro metálico muito espesso com cerdas muito curtas e duras, tornando a limpeza ineficiente e traumática. “Se a escova for muito fina, não higieniza de forma adequada e, se for muito grossa, não se encaixa ou não entra no espaço entre os dentes. Em ambos os casos, pode provocar trauma e retração gengival”, explica o professor. 

 Passo a passo para a correta utilização das escovas interdentais

1 - Adquira uma escova interdental de boa qualidade. Consulte o seu cirurgião- dentista sobre as melhores opções, pois as escovas interdentais não são iguais.

2 - Inicialmente, faz-se a localização do espaço entre dois dentes e a inserção da ponta da escova de forma inclinada em um ângulo de aproximadamente 45º graus em direção à gengiva. Deve-se localizar e inserir a ponta da escova na entrada do espaço entre dois dentes. Nos dentes superiores, inclina-se a escova para cima e, nos dentes inferiores, inclina-se a escova para baixo.

3 - Este acesso deve ser realizado de forma delicada com uma pressão suave e sem forçar a escova. Deve-se dar preferência para os dentes da frente ou anteriores.

4 - Após a inserção da escova, deve-se retificar a inclinação da mesma fazendo com que a escova deslize perpendicularmente em relação aos dentes em um movimento de fora para dentro da boca ou de vestibular para lingual. É importante salientar que a escova deve deslizar facilmente, sem qualquer pressão.

5 - A inserção da escova entre os dentes, ou seja, em cada espaço proximal deve ser feita diariamente, porém, deve-se apenas inserir e remover o dispositivo sem a necessidade de escovação forçada e repetida para frente e para trás. Isto poderia machucar a gengiva ocasionando retrações e provocando espaços ou pontos escuros entre os dentes.

6 - Quando a escova interdental é inserida pelas primeiras vezes entre os dentes, é possível que a gengiva sangre um pouco e cause algum desconforto doloroso. Isso não é motivo para preocupação, porque não significa que se tenha traumatizado a gengiva, mas sim que existe uma inflamação prévia causada pela placa bacteriana. Só ocorrem sangramentos nas gengivas quando estão inflamadas pela presença da placa bacteriana ou ao se utilizar uma escova com diâmetro inadequado. Ao utilizar a escova interdental corretamente, o sangramento desaparecerá em até dez dias.

7 - Uma opção para determinar qual é a escova mais adequada para cada caso é por meio da utilização da sonda medidora IAP Prime da CURAPROX. Ela mede o espaço proximal que possibilita uma perfeita adaptação das escovas interdentais na região localizada entre os dentes. As escovas são calibradas por meio de diferentes medidas de diâmetro evidenciadas por diferentes cores, de forma análoga às escovas interdentais correspondentes. 

Fonte: Blog da Veri