Quando o siso começa a sair, na maioria das vezes, ele atrapalha a
arcada dentária por ter um tamanho incompatível com o restante dos
dentes.
Para evitar que isso aconteça, os dentistas geralmente optam por
removê-lo, como explicaram os cirurgiões bucomaxilofaciais Sidney Neves e
Gabriel Pastore no Bem Estar desta segunda-feira (5). Essa extração
previne também infecções graves, lesões que causam perda óssea e
problemas na ATM (articulação temporomandibular).
Em alguns raros casos, o dente nasce de maneira harmoniosa e a retirada
não é necessária. No entanto, grande parte dos pacientes tem problemas,
especialmente se parte do siso fica encoberta pela gengiva – isso pode
causar uma infecção e pode levar até mesmo a morte. Por isso, a extração
é indicada principalmente como prevenção para essas e outras
complicações.
O ideal é que o dente seja removido até a formação de um terço da raiz,
ou seja, normalmente antes dos 18 anos. Quanto mais tarde for feita a
remoção, mais dolorido é o processo e a recuperação.
Dependendo da posição do siso e da quantidade de osso envolvida na
cirurgia, é possível tirar até 4 dentes de uma só vez. Mas normalmente,
são extraídos 2 do mesmo lado por vez para que o paciente sempre tenha o
outro lado para mastigar.
A cirurgia dura em média 40 minutos e o acesso é sempre por dentro da
boca. Cerca de 12 horas após a remoção, por causa da força aplicada
sobre o dente, é normal aparecer um inchaço que dura de 3 a 4 dias.
Nesse período, é importante tomar sorvete para diminuir o inchaço e o
sangramento, comer alimentos pastosos e macios e evitar tomar coisas
quentes, pelo menos nas primeiras 24 horas.
Fonte: G1
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