Associada a mais de 90% dos dentes tratados ortodonticamente, a reabsorção radicular é caracterizada pela perda de volume na raiz do dente, o que resulta em milimétrico encurtamento. Esta alteração, em geral, não diminui a longevidade e a capacidade funcional dos dentes envolvidos. Por isso, é considerada comum ao tratamento ortodôntico e sem importância clínica.
O processo de reabsorção é causado por situações em que os tecidos dentários mineralizados(ossos) são eliminados ou destruídos pela aplicação de força, seja a exercida pelos aparelhos ortodonticos, traumas ou por tratamentos endodonticos e periodontal.
A ortodontia é geralmente apontada como a principal causa da reabsorção radicular, por ser uma mecânica imposta, que implica movimentação dentária por meio da força.
Microscopicamente, a raiz dentária geralmente diminui entre 0,5 e três milímetros, perda considerada mínima em comparação aos benefícios gerados pelo tratamento ortodôntico, que promove a harmonia dos arcos dentários e normaliza a saúde bucal.
Casos de reabsorção mais severa podem acontecer, resultando em perda dos dentes. Por isso, a documentação ortodontica e o acompanhamento da ortodontista são fundamentais antes e durante o tratamento.
Em geral, quando identificada uma reabsorção radicular acima da considerada normal, a dentista deve suspender temporariamente o tratamento ortodôntico, dando aos dentes um tempo para “repouso”. Este tempo pode variar entre um e três meses, dependendo da severidade do problema.
Durante esse período, a necessidade da intervenção ortodôntica deve
ser reavaliada de acordo com a situação encontrada e os riscos que ela
representa, adaptando o tratamento a força e trauma que o dente pode suportar sem sofrer danos.
Fonte: BlogKamilaGodoy
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