segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Por que extrair dentes sãos em ortodontia?

A necessidade de extrair apresenta-se, principalmente, nos casos em que os ossos maxilares são pequenos para acomodar todos os dentes. Nestes casos, é necessário diminuir o número de dentes, para poder alinhá-los dentro do maxilar. Duas coisas não ocupam o mesmo lugar no espaço, já nos dizia Newton...
Numerosos são os casos de dentes amontoados por falta de espaço. Alguns devido ao descuido com a dentição de leite, ou à extrações prematuras destes dentes, estes espaços perdidos podem ser recuperado e extrações não são necessárias. Outros, por disrelação hereditária, entre tamanho dos dentes e o osso suporte, algumas vezes necessitam de extrações. Este último caso é realmente curioso e interessante, além de atual e generalizado. 

O homem moderno está sofrendo uma transformação no seu aparelho mastigador. Em poucos séculos transformou completamente a maneira de alimentar-se. Enquanto que antes o homem usava os dentes para cortar e triturar os alimentos, hoje a atividade mastigatória diminuiu significativamente. Os alimentos são cozidos, cortados e até liquidificados, antes de irem à boca. Consequentemente, pela hipofunção, os ossos que sustentam os dentes estão diminuindo de tamanho, enquanto os dentes não modificam suas dimensões. Daí a desproporção. 

A natureza, como sempre, vai encontrando suas próprias soluções, no caso, ela se ocupa, agora, em diminuir o número dos dentes. O terceiro molar está ausente ou atrofiado em muitas pessoas. Em outras, há ausência congênita de incisivos laterais superiores ou prémolares inferiores. Mas, nos casos em que isto não se dá, principalmente, quando não há ausência congênita dos sisos, poderá ser necessário que o ortodontista recomende extrações para compensar a falta de espaço. Estas extrações podem ser os sisos ou outros dentes, geralmente, os pré-molares. 

Além da influência alimentar nesse fenômeno da evolução humana, outra causa interessante e comum provoca a disrelação entre osso e dentes. É a herança cruzada. O filho herda os dentes grandes do pai e os maxilares pequenos da mãe.
Quando há indicação de extrair, geralmente, os dentes indicados são os primeiros ou os segundos pré-molares. Isto permite a regularização dos dentes anteriores e liberação dos espaços para a erupção dos terceiros molar (sisos). 

Não se pode negar ser lamentável a extração de dentes em perfeito estado. Mesmo para o especialista, é uma decisão difícil e muito mais para o paciente. No entanto, nunca será esse fato mais grave e rico de conseqüências perigosas do que o amontoamento dos dentes. 

Assim como existem casos em que é evidente a necessidade de extrair ou de não extrair, há os casos limítrofes, em que se balança em extrair ou não extrair. Nestes casos, é necessário que vantagens e desvantagens sejam avaliadas com extremo cuidado por profissional especialista e experiente.
Vê-se que a ortodontia alarga-se em aperfeiçoamentos e ocupa posição importantíssima na solução de problemas dos indivíduos, tanto nos planos mais objetivos e imediatos de saúde e bem-estar, como nos mais elevados de ajustamento dentro da vida e possibilidade de realização. 

Fonte: ABC da saúde

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