quinta-feira, 26 de julho de 2012

A Odontologia Preventiva e a Síndrome de Down

Quando levar a criança com Sindrome de Down ao dentista? A resposta é: o mais cedo possível, já no primeiro ano de vida da criança , antes mesmo de aparecerem os primeiros dentinhos na boca, tenha ela SD ou não. Na maioria das vezes, o dentista só é lembrado quando já existe dor de dente ou alteração bucal visível, necessitando de tratamento curativo (restaurações, extrações...), procedimentos complexos que exigem colaboração da criança e que seriam facilmente evitados com procedimentos preventivos simples e cuidado dos pais em casa.

Todos os bebês necessitam de acompanhamento precoce do dentista para avaliação da cavidade bucal e orientação aos pais sobre como prevenir as principais doenças bucais, orientação de dieta, limpeza da boca, hábitos (chupeta, dedo..), uso de flúor, etc. Faz-se também o acompanhamento da erupção dentária, pois na criança com SD ela pode ser tardia e em seqüência alterada, podendo ocorrer falta de alguns dentes. É muito importante manter os dentes de leite pois eles são essenciais para as funções de mastigação, fonação e estética da criança e guardam o lugar do dente permanente na arcada .
A equipe multidisciplinar (dentista/fono/fisio/otorrino/...) deve atuar em conjunto para evitar o aparecimento de maloclusões. Deve fazer orientação sobre: alimentação (amamentação, uso de mamadeira, tipos de alimentos), higiene bucal (para manter os dentes e gengiva saudáveis), respiração nasal (a criança com SD geralmente respira pela boca); estimulando para um vedamento labial adequado (sem interposição de língua).
Em alguns casos é indicado junto ao tratamento fonoaudiológico a utilização da Placa Palatina de Memória (aparelho que estimula diretamente a língua e lábio superior a posicionar-se adequadamente). 

Devido ao fato de que o desenvolvimento bucal e do sistema nervoso central ocorrerem em grande parte até o primeiro ano de vida é este o momento indicado para iniciar o tratamento com a Placa, sempre com acompanhamento de equipe multidisciplinar e principalmente com a colaboração dos pais. 

O tratamento odontológico de uma criança com SD é praticamente realizado da mesma forma que nos demais pacientes pediátricos. Deve-se ter atenção especial para pacientes com SD que apresentam problemas cardíacos os quais requerem cobertura antibiótica profilática para prevenção da endocardite bacteriana em determinados procedimentos odontológicos. 

As crianças com Síndrome de Down geralmente são bons pacientes para o tratamento odontológico. Dificilmente se faz necessário o uso de contenção física ou farmacológica e raramente há necessidade de tratamento sob anestesia geral.


PLACA PALATINA EM BEBÊS COM SÍNDROME DE DOWN
A placa palatina de memória é um aparelho que possui estimuladores para língua e lábios induzindo o vedamento labial e a manutenção da língua dentro da boca levando a uma melhora da musculatura orofacial da criança e o desenvolvimento da respiração nasal.
O tratamento deve iniciar-se o mais precoce possível, por volta dos três meses de idade, com trocas periódicas da placa para acompanhar o crescimento facial. No primeiro ano de vida são necessárias quatro placas para um tratamento completo. A criança deve estar sob tratamento com fonoaudiólogo e monitorada por equipe mutidisciplinar. O uso da placa como medida isolada é totalmente sem sentido.
A estimulação precoce é muito importante. O primeiro ano de vida é o período de maior desenvolvimento do Sistema Nervoso Central e da região bucal.
É essencial a colaboração e dedicação dos pais para a utilização da placa palatina de memória em casa.
Indicações: línguas largas, com posição interdental ou interlabial que persista por várias horas durante o dia; línguas com diástase e protrusão; e em casos de lábio superior hipotônico, pouco ativo.

Objetivos da utilização da placa palatina: contração da língua para dentro/trás/cima. A língua toca o palato melhorando o desenvolvimento da maxila, estimula o vedamento labial e desenvolvimento da respiração nasal (deve-se observar antes se não há obstrução nasal; avaliação com otorrino). Ocorre uma aproximação do padrão fisiológico de sucção e deglutição devido à melhora da postura dos lábios e da língua. Redução da protrusão da mandíbula, pois a língua não se apóia mais sobre o lábio inferior e fica dentro da boca.
Fonte: fopnet ( Unicamp.br)  Data: 24-08-2012

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Cirurgias Reconstrutivas em Implantodontia: Enxerto Ósseo Autógeno

Quando um indivíduo perde um ou mais dentes ocorrem mecanismos de reabsorção óssea, que levam às deficiências ou atresias maxilares, resultando nos defeitos em altura e/ou espessura óssea, na área onde ocorreu a perda dentária. Além de ocorrerem alterações ósseas, também ocorrem progressivamente alterações nos tecidos moles de suporte adjacentes.

Isso é ainda mais evidente nos pacientes desdentados totais, ou seja, aqueles pacientes que perderam todos os dentes, e que são fortes candidatos a utilizarem dentaduras convencionais, caso não sejam submetidos a cirurgias reconstrutivas prévias às instalações de implantes dentários. Estas alterações evidenciam alguns aspectos de envelhecimento precoce, como por exemplo: aplanamento do céu-da-boca, colapso do lábio, boca funda e alterações nas linhas de expressão facial.

Vários fatores, como: cárie dentária, patologias bucais, doença periodontal, tratamentos ortodônticos mal sucedidos, traumatismo dento-alveolar (pancadas ou acidentes), entre outros, podem levar à perda dentária, e, consequentemente, a uma perda óssea em maior ou menor grau.

O processo de reabsorção óssea nos maxilares é progressivo, irreversível, crônico e cumulativo, apresentando uma taxa de reabsorção média de 25% no primeiro ano pós-extração e 0,2 mm a cada ano subsequente.
Para a instalação de implantes dentários é necessário que o volume ósseo tenha no mínimo 1 mm a mais que o diâmetro escolhido do implante, e desta forma não seja necessário a reconstrução óssea.
Portanto, em quais situações é necessária a utilização de enxerto ósseo?
a) Quando a quantidade óssea residual é insuficiente para a instalação de implantes dentários;
b) Para otimizar o resultado estético final e
c) Para obter vantagens biomecânicas com o tratamento com implantes dentários.

Antes de se realizar qualquer planejamento no qual esteja envolvida uma cirurgia reconstrutiva, como a cirurgia de enxerto ósseo, o paciente deve ser submetido a uma criteriosa avaliação, envolvendo as seguintes etapas:
a) Avaliação médica geral
b) Avaliação clínica do dentista (extrabucal e intrabucal)
c) Avaliação por imagens (radiográfica e tomográfica)
d) Diagnóstico
e) Plano de tratamento interdisciplinar (com o auxílio de algumas áreas da odontologia, como a implantodontia, a prótese e a cirurgia, por exemplo).

Hoje, o profissional Implantodontista e o cirurgião bucomaxilofacial são habilitados a realizarem as cirurgias reconstrutivas de enxerto ósseo.
Quando o enxerto é removido do próprio paciente, ele é chamado de enxerto autógeno. As áreas doadoras (de dentro da boca) principais para a remoção de um bloco de osso autógeno são: o ramo ascendente da mandíbula (região posterior ao último dente na mandíbula), o túber da maxila (região posterior ao último dente na maxila) e a sínfise mentoniana (região do queixo). Existem outras áreas de fora da boca que também podem servir como áreas doadoras de osso, quais sejam: a calota do crânio (osso da cabeça), a crista do osso ilíaco (osso da bacia) e a tíbia (osso da perna), porém são áreas utilizadas quando se requer uma grande quantidade de osso, além da presença de profissionais médicos, em ambiente hospitalar, para realizarem a cirurgia, a anestesia e o preparo do paciente.
O enxerto autógeno, apesar de necessitar de cirurgia da área doadora, é o tipo de enxerto que é recomendado sempre que possível, devido às suas propriedades vantajosas sobre os outros tipos de enxerto, como por exemplo, a osteogênese (possui células viáveis e capazes de induzir a neoformação óssea).

 Fonte: Reconstruções em Implantodontia – Protocolos clínicos para o Sucesso e Previsibilidade, Renato Mazzoneto. (oralestetica.com.br)


quinta-feira, 12 de julho de 2012

CIRURGIA ORTOGNÁTICA

A cirurgia ortognática é o tratamento para pacientes que possuem deformidades envolvendo o esqueleto facial e os dentes. Quando não é possível resolver o caso somente com o tratamento ortodôntico, uma vez que o problema está no excesso ou falta de crescimento do esqueleto facial e não somente na posição dos dentes, então se faz necessária a cirurgia ortognática. 

Qual a origem das deformidades?
Essas deformidades podem ter origem nas Síndromes e Anomalias Específicas (fatores teratogênicos,fatores embriológicos, microssomia hemifacial, Treacher Collins, fissuras faciais, crânio-sinostoses, Pierre Robin...), distúrbios de crescimento após o nascimento, trauma facial, problemas musculares e hormonais ou de origem genética quando existe algum familiar com as mesmas características.
E comum ocorrer o paciente ter a mandíbula grande representando o prognatismo mandibular como as fotografias da paciente abaixo mostrando ante e após o tratamento.


Outros pacientes apresentam a mandíbula pequena, retrognatismo mandibular semelhante ao saudoso compositor Noel Rosa como é o caso da paciente abaixo.


Muitas vezes o paciente apresenta problemas combinados associando o maxilar inferior e o maxilar superior, por exemplo: o excesso de crescimento mandibular (mandíbula grande) e a falta de crescimento maxilar (a maxila para trás) necessitando operar os dois segmentos. O paciente a baixo é um exemplo clássico de problema combinado. O maxilar superior foi colocado para frente e o inferior (a mandíbula) para traz.


O diagnóstico e o planejamento cirúrgico são realizados minuciosamente antes da cirurgia nos modelos de estudo montados em articulador odontológico, radiografias e com o auxílio de computação gráfica.
Veja fotos do articulador abaixo com os modelos antes a após o planejamento cirúrgico.


Quais os benefícios deste tratamento ortodôntico e cirúrgico?
Melhora da relação entre os dentes, músculos e esqueleto
Melhora da respiração
Melhora do posicionamento da musculatura do pescoço
Melhora do posicionamento da língua
Melhora da fonação e da articulação das palavras
Melhora da oclusão e da articulação temporomandibular
Melhora da mastigação e da digestão
Melhora no relacionamento social
Quais podem ser as fases do tratamento?
Exodontia dos dentes do siso deve ser no mínimo avaliada antes da montagem do aparelho ortodôntico
Montagem do aparelho ortodôntico fixo – o tratamento ortodôntico pode levar de 8 a 24 meses antes da cirurgia para deixar os dentes em uma posição adequada
Cirurgia Ortognática (ainda com o aparelho de ortodôntico nos dentes)
Trinta dias de recuperação (sem esforço físico, sem esporte e sol)
Retorno ao tratamento ortodôntico de 30 a 60 dias após a cirurgia para melhorar definitivamente a posição dos dentes
Controles periódicos com o cirurgião
O tempo do Tratamento depende do grau de dificuldade do tratamento ortodôntico
Como a cirurgia é realizada?
A cirurgia é realizada no Hospital sob anestesia geral, mas antes é realizado o preparo do paciente com todos os exames necessários. O paciente é internado na manhã da cirurgia em "jejum absoluto" (não pode comer nenhum tipo de alimento nem tomar água nas 10hs antes da cirurgia) e dependendo do porte a cirurgia o paciente recebe alta hospitalar à noite ou na manhã do dia seguinte. A cirurgia é realizada totalmente por dentro da boca, não deixando cicatriz na face!
Existe dor após a cirurgia?
Não! O esqueleto é fixado com mini-placas e parafusos de titânio não permitindo micromovimentação dos ossos havendo ausência da dor. Haverá muito inchaço no rosto o que é normal e a partir do 4º dia começa a diminuir.
A boca fica amarrada? O osso fica fixado?
Não! Antigamente, era utilizado “fio de aço” para unir os ossos e devido a sua instabilidade era necessário manter a boca sem movimentação amarrando os dentes do paciente rigidamente por 30 ou 60 dias com fios de aço. Com o novo sistema de Fixação do Esqueleto com mini-placas e parafusos de titânio, o paciente sai da cirurgia e recebe alta hospitalar sem estar com a boca amarrada. Após quatro dias, inicia o uso de elásticos no aparelho ortodôntico que o próprio paciente coloca e retira em casa.
Quais são os cuidados Pós Cirúrgicos?
Dieta - "30 dias sem alimentos sólidos!” Durante 30 dias o paciente poderá comer alimentos líquidos e pastosos não podendo mastigar nada sólido. Deverá alimentar-se de sucos, vitaminas, sopas, caldos e cremes. A regra é a seguinte: o paciente por 30 dias pode comer "doces, salgados e até pedra desde que esteja batido e coado".
Cuidados Físicos - "30 dias sem esforço físico!” Normalmente, nos primeiros 15 dias, o paciente fica somente em casa. Praticamente, o seu único contato externo é com o seu cirurgião. Após 15 dias, é possível até freqüentar escola, pois o inchaço no rosto já diminuiu muito. Entretanto, durante os 30 primeiros dias após a cirurgia, o paciente não deve realizar nenhum esforço físico maior sendo aconselhável andar no banco traseiro do carro. Tampouco deve expor-se ao sol e manter-se afastado de esportes coletivos ou de riscos por 90 dias.
   
Autor: Prof. Fued Samir Salmen
Fonte: ABC da Saúde. www.abcdasaude.com.br

COMUNICADO  IMPORTANTE


 A Clínica Crescità Odontologia Moderna informa que no período de 10 à 28 de julho de 2012 uma de suas secretárias estará ausente, podendo ocorrer alguma dificuldade na comunicação através do telefone, caso isso aconteça pedimos a gentileza de entrarem em contato conosco pelo email: odontologia@clinicacrescita.com.br ou pelo nosso site: www.clinicacrescita.com.br . Agradecemos a compreensão de todos e pedimos desculpas pelos possíveis transtornos.

sábado, 7 de julho de 2012


Ajude a proteger, seu sorriso do diabetes.


Os altos níveis de glicose no sangue ajudam o crescimento das bactérias em sua boca, criando um ambiente propício ao surgimento de doenças gengivais. Além disso, a baixa resistência do corpo à infecção torna os cuidados bucais ainda mais importantes. Felizmente, há formas de tratar as complicações provocadas pelo diabetes.

Diabetes e problemas de saúde bucal


Pesquisas recentes sugerem que a periodontite está geralmente associada com o diabetes e pode ser considerada como uma das complicações clínicas da doença.

Doenças periodontais e diabetes


O diabetes é uma enfermidade caracterizada pelo fato de o corpo não produzir ou usar adequadamente a insulina. A insulina é um hormônio necessário à conversão do açúcar, amido e outros elementos na energia de que precisamos na vida diária.



Fonte Site www.colgate.com.br

segunda-feira, 2 de julho de 2012


Dente dolorido: o que fazer?



Como saber se preciso de um tratamento?
Assim como qualquer trauma na boca, você deve consultar seu dentista imediatamente para saber se um tratamento é necessário. O dentista examinará a área afetada e poderá fazer uma radiografia. Se a dor é causada por um dente fraturado, trincado ou lascado, você poderá tomar um analgésico simples. Se possível, guarde a parte fraturada do dente e leve-a ao seu dentista.Se um dente for totalmente arrancado da boca devido a um trauma, leve-o ao seu dentista o mais rápido possível. Talvez possa ser possível recolocar seu dente novamente na boca, um procedimento chamado reimplante.

Como um dentista trata um:

Dente lascado – Se não sentir dor e a lasca for pequena, fica ao seu critério decidir quando e como o dente deverá ser tratado. Dependendo do tamanho da lasca, ela pode ser suavizada ou corrigida cosmeticamente. Outras opções podem ser o uso de facetas, coroas e restaurações. Peça ao seu dentista para lhe explicar sobre cada uma delas. Se uma restauração ou dente artificial for lascado, estes deverão ser substituídos.
Dente fraturado ou trincado -Dentes fraturados ou trincados devem ser restaurados assim que possível, para se evitar danos posteriores. Pode ser necessário um tratamento de canal ou fazer a extração do dente. Se a fratura atingir o esmalte e a dentina do dente, uma coroa em geral, é o melhor tratamento. Lembre-se de que as fraturas nem sempre são visíveis, mesmo por meio de radiografias. Os sintomas podem ser dor durante a mastigação e sensibilidade a alimentos e bebidas frias, em alguns casos até as bebidas quentes, bem como ao ar, e estes sintomas podem se intensificar com o tempo.
Dente arrancado da boca - O segredo para o sucesso na recolocação de um dente é reimplantá-lo no local de onde saiu o mais rápido possível. A cada minuto que passa, um número maior de células da raiz do dente morrerão. Se possível, lave o dente com água apenas, e então o recoloque no local, e corra para o dentista imediatamente. O dente deve ser segurado pela coroa, apenas, e não deve secar. O êxito do reimplante é maior durante os primeiros 30 minutos, com boas chances ainda até duas horas após o trauma. Pode ser necessário que seu dentista faça um tratamento de canal uma ou duas semanas após o dente ter se estabilizado.
Dentes irremediavelmente perdidos, ou seja por uma extração realizada por um dentista ou acidentalmente arrancados, devem ser substituídos. Isto evita problemas como dificuldade de mastigação e de fala, alteração de posição entre os dentes remanescentes, disfunção da articulação temporomandibular (ATM), causados pela mastigação no lado onde há mais dentes, e um enfraquecimento do maxilar. As opções para a substituição dos dentes podem ser próteses fixas, próteses removíveis e implantes.
Mandíbula quebrada - Se suspeitar que você ou qualquer outra pessoa esteja com a mandíbula quebrada, não a movimente. A mandíbula deve ser mantida em posição com um lenço, gravata ou toalha amarrada em volta do queixo e por cima da cabeça. Compressas frias devem ser utilizadas para reduzir o inchaço, se houver. Dirija-se imediatamente à sala de emergência de um hospital e chame seu dentista.


Fonte Site: www.colgate.com.br